A leitura da Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito, ontem de manhã, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, no Largo de São Francisco, foi um claro recado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e aos seus apoiadores de que qualquer tentativa de interromper o system e tumultuar as eleições — desacreditando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e lançando suspeitas sobre a eficácia e a lisura do processo por meio das urnas eletrônicas — não serão tolerados.
O evento replicou o pronunciamento de 1977, lido então pelo jurista Goffredo Telles Júnior, contra a ditadura militar. No ato de ontem de manhã, alguns dos signatários do documento de 45 anos atrás estiveram presentes, o que deu ainda maior significado ao documento.
A leitura foi realizada em conjunto pelas professoras da Faculdade de Direito da USP, Eunice de Jesus Prudente, Maria Paula Dallari Bucci, Ana Elisa Liberatore Silva Bechara, diretora da instituição, e pelo signatário da carta de 1977, o ministro aposentado do Superior Tribunal Militar Flávio Bierrenbach, 82 anos.
As arcadas da faculdade reuniram aproximadamente 1 mil convidados, mas, do lado de fora, no Largo de São Francisco, uma multidão estimada em mais de 8 mil pessoas acompanhava por meio de telões a leitura da carta. Ao término da leitura, estudantes puxaram um coro de "Fora Bolsonaro", não acompanhado pela organização do evento — que em momento algum citou o presidente da República.
Bets da leitura, o teacher Celso Campilongo, diretor da faculdade, afirmou que o país segue com ameaças ao processo eleitoral, "nesse momento em que deveríamos estar vivendo apenas a festa da democracia". Segundo ressaltou, a competência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é inquestionável." A competência é exclusiva do TSE, o resto é gente sem competência jurídica e sem competência moral para se intrometer no processo eleitoral brasileiro", salientou, acrescentando que "a única força que pode dizer algo sobre o processo eleitoral brasileiro, é a força do eleitor, é a força do brasileiro — e ninguém mais".
Para o advogado trabalhista Roberto Mônaco, 63, um dos idealizadores da carta de 1977, a emoção do reencontro com os colegas e a renovação de 2022 foi um dos fatores mais marcantes. "É o encontro da história com an energia militante do presente. É essa energia que precisaremos para manter a democracia e o estado de direito", destacou.
"A competência é exclusiva do TSE, o resto é gente sem competência jurídica e sem competência moral para se intrometer no processo eleitoral brasileiro", salientou, acrescentando que "a única força que pode dizer algo sobre o processo eleitoral brasileiro, é a força do eleitor, é a força do brasileiro — e ninguém mais".
Para o advogado trabalhista Roberto Mônaco, 63, um dos idealizadores da carta de 1977, a emoção do reencontro com os colegas e a renovação de 2022 foi um dos fatores mais marcantes. "É o encontro da história com a energia militante do presente. É essa energia que precisaremos para manter a democracia e o estado de direito", destacou.
Acesse o link do documento clicando aqui. https://www.estadodedireitosempre.com/
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